O Theatro José de Alencar, Espaco da Rede Pública de Equipamentos Culturais (Rece) da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM), foi inaugurado em 1910 e desempenha significativos papéis na vida cultural cearense. Funcionando como um Centro Cultural com mais de 12 mil metros quadrados, o TJA é um lugar de referência artística e turística no Ceará. Tombado em 1964 pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional, o IPHAN, possui grande valor arquitetônico, sendo considerado um dos mais belos Teatros Monumentos do Brasil. Em 1991, um novo prédio foi incorporado ao Theatro José de Alencar, o Centro De Artes Cênicas Padaria Espiritual – Anexo Cena, um espaço anexo da edificação centenária com 2.600 metros quadrados.
O Theatro José de Alencar se destaca como um complexo cultural que congrega aspectos importantes para a cultura cearense: seu valor patrimonial histórico e artístico reconhecido por seu valor simbólico para o Ceará enquanto palco do desenvolvimento cultural; sua atuação enquanto espaço múltiplo e democrático para a fruição, difusão e formação cultural cearense. Sendo assim, cria um habitat cultural próprio e desenvolve os setores da economia cultural e criativa como um dos mais importantes espaços cênicos do país. O equipamento oferece uma programação democrática, ativa e diversificada de atividades culturais, formativas e visitas mediadas.
Por meio do Anexo, o TJA tornou-se também um grande espaço aglutinador de pesquisa e formação artística. Desde 1991 são desenvolvidas várias atividades formativas, especialmente na área das artes cênicas que compõem um centro formativo transformando um teatro centenário em uma escola, fazendo com que educação e cultura trabalhem de forma integrada.
José de Alencar (1829-1877) foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista e o principal romancista brasileiro da fase romântica. Entre seus romances destacam-se “Iracema” e “Senhora”.
José Martiniano de Alencar Júnior nasceu no sítio Alagadiço Novo, Messejana, Ceará, no dia 1 de maio de 1829. Era filho de José Martiniano de Alencar, senador do império, e de Ana Josefina. Em 1838 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.
Com 10 anos, José de Alencar ingressou no Colégio de Instrução Elementar. Durante a noite, presenciava os encontros políticos de seu pai. Em sua casa, tramou-se a maioridade de D. Pedro II, decretada em 1840. Com 14 anos, José de Alencar foi para São Paulo, onde terminou o secundário e ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Em 1844, ao ver o sucesso do livro “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo, resolveu que seria escritor de romances. Entregou-se à leitura dos autores mais influentes da época, como Alexandre Dumas, Balzac, Lord Byron, entre outros.
Em 1847, com 18 anos, iniciou seu primeiro romance “Os Contrabandistas”, que ficou inacabado. Em 1848 foi para Pernambuco, onde continuou seu curso na Faculdade de Direito de Olinda, concluído em 1851. De volta a São Paulo levou o esboço de dois romances históricos: Alma de Lázaro e O Ermitão da Glória, que só seriam publicados no fim da vida.
Ainda em 1851, José de Alencar voltou para o Rio de Janeiro onde exerceu a advocacia. Em 1854, ingressou no Correio Mercantil, na seção “Ao Correr da Pena”, onde comentava os acontecimentos sociais, as estreias de peças teatrais, os novos livros e as questões políticas.Em 1855 assumiu as funções de gerente e redator-chefe do “Diário do Rio”, onde publicou, em folhetim, seu primeiro romance Cinco Minutos, em 1856. No dia 1 de janeiro de 1857 começou a publicar o romance O Guarani, também em forma de folhetim, que alcançou enorme sucesso e logo foi editado em livro.
Em 1858, José de Alencar abandonou o jornalismo para ser Chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, chegando a Consultor com o título de Conselheiro, ao mesmo tempo em que lecionava Direito Mercantil.
Em 1860, com a morte do pai, se candidatou a deputado pelo Ceará, pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Na visita a sua terra Natal se encantou com a lenda de “Iracema” e a transformou em livro.
Mesmo no auge da carreira política, José de Alencar não abandonou a literatura. Em 1864, casou-se com Georgina, com quem teve quatro filhos, entre eles, Mário Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai. Viu suas obras atacadas por jornalista e críticos que faziam campanha sistemática contra o romancista.
Triste e desiludido passou a publicar sob o pseudônimo de Sênio, porém, a maioria o louvava. Durante toda sua vida procurou trazer para os livros as tradições, a história, a vida rural e urbana do Brasil. Famoso, a ponto de ser aclamado por Machado de Assis, como “o chefe da literatura nacional”. José de Alencar morreu aos 48 anos, no Rio de Janeiro, vítima da tuberculose, em 12 de dezembro de 1877.
Cinco Minutos, romance, 1856;
Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios, crítica, 1856;
O Guarani, romance, 1857;
Verso e Reverso, teatro, 1857;
A Viuvinha, romance, 1860;
Lucíola, romance, 1862;
As Minas de Prata, romance, 1862-1864-1865;
Diva, romance, 1864;
Iracema, romance, 1865;
Cartas de Erasmo, crítica, 1865;
O Juízo de Deus, crítica, 1867;
O Gaúcho, romance, 1870;
A Pata da Gazela, romance, 1870;
O Tronco do Ipê, romance, 1871;
Sonhos d’Ouro, romance, 1872;
Til, romance, 1872;
Alfarrábios, romance, 1873;
A Guerra dos Mascate, romance, 1873-1874;
Ao Correr da Pena, crônica, 1874;
Senhora, romance, 1875;
O Sertanejo, romance, 1875.
Fonte: https://www.ebiografia.com/jose_alencar/ acessado em 21/03/2024 ás 15h25
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